Em busca de possíveis parcerias e intercâmbios, cônsul britânico visita IFNMG

Cônsul Thomas Nemes (à esq.) visita laboratório do IFNMG-Campus Montes Claros

O IFNMG foi a primeira instituição a receber a visita do cônsul britânico em Minas Gerais, Thomas Nemes, que chegou a Montes Claros ontem, 2 de abril, com o intuito de conhecer as potencialidades locais e regionais, sondar possíveis parcerias e intercâmbios. É a primeira vez que o cônsul vem à cidade e, segundo ele, a viagem faz parte de um esforço que o consulado vem empreendendo no sentido de “encurtar as distâncias entre o Reino Unido e Minas Gerais”. Durante a visita ao Campus Montes Claros, Thomas Nemes afirmou que ciência e inovação compõem um dos principais pilares que orientam o interesse e a atuação do governo britânico no estado.

O cônsul foi recebido pelo diretor geral, professor Renato Cota, e sua equipe, e pôde conhecer um pouco sobre o que o IFNMG oferece, na cidade e nos demais campi, e visitar as instalações, salas de aula e laboratórios. “Em minhas viagens por Minas, já visitei outros institutos federais. O trabalho de vocês é de excelência, muito importante para desenvolver novos talentos”, comentou o visitante.

A conversa sobre possibilidades de intercâmbios entre Minas Gerais e Reino Unido continuou à tarde, na Unimontes (Universidade Estadual de Montes Claros), onde Renato Cota e representantes de outras instituições de ensino da cidade reuniram-se com o cônsul para uma sondagem inicial. Ele manifestou o interesse em levar alunos e servidores dessas instituições para a seu país e também em trazer intercambistas de lá.

Sustentabilidade

Outro pilar da atuação britânica em Minas, segundo Thomas Nemes, é desenvolvimento econômico, social e sustentabilidade. A esse respeito, o cônsul fez questão de enfatizar o compromisso de seu país em apoiar o desenvolvimento e o uso de energias alternativas. Por isso, durante a visita ao IFNMG, ele demonstrou especial interesse por uma iniciativa do Campus Montes Claros, a produção de energia elétrica a partir de uma fonte abundante na cidade e em toda a região: a luz do sol.

A primeira usina solar fotovoltaica instalada no Campus Montes Claros tem 15 kW de potência, mas já está tudo pronto, segundo Renato Cota, para a instalação de uma segunda unidade, com potência três vezes maior. O diretor geral estima que, quando tudo estiver em pleno funcionamento, o gasto do Campus com energia elétrica pode cair pela metade. Além do benefício ambiental e pontos no quesito sustentabilidade, a economia financeira também será significativa, já que atualmente, como informa Cota, a conta mensal de energia costuma chegar a R$ 30 mil. Há, ainda, como explica o professor Douglas Angelo Teixeira a intenção de montar módulos fotovoltaicos (placas solares) em locais de mais fácil acesso (geralmente as placas são dispostas em telhados) para manuseio por alunos em cursos de capacitação que devem ser ofertados a partir do segundo semestre deste ano.

Thomas Nemes e o professor Douglas Teixeira conversam sobre a usina solar fotovoltaica do IFNMG-Campus Montes Claros

O presidente da Fundetec (Fundação de Desenvolvimento Científico, Tecnológico e Inovação do Norte de Minas), Otaviano de Souza Pires Júnior, que acompanhou a visita ao IFNMG, afirma que o principal interesse da entidade que ele representa é alavancar parcerias com o Reino Unido, por meio do consulado, para favorecer a produção de energia solar fotovoltaica na região. “Temos que aproveitar essa nossa potencialidade. A Fundetec quer dar apoio a ações nesse sentido e aglutinar todas as instituições que têm interesse nessa área de ciência e tecnologia”, explica Otaviano.

Na região, o IFNMG é a única instituição pública a ofertar o curso superior de Engenharia Elétrica, além de contar também com o curso técnico em Eletrotécnica.

Servidores do IFNMG receberam o cônsul e seus acompanhantes durante a visita ao Campus Montes Claros