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Após retorno dos EUA, professores trabalham para propagar o ensino do inglês

Publicado: Segunda, 28 de Março de 2016, 09h42 | Última atualização em Quinta, 04 de Agosto de 2016, 10h22
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Estágio teve como base a metodologia TBLT, que utiliza o método de tarefas para promover o aprendizado do inglês

O Brasil ocupa a 41º posição do Índice de Proficiência em Inglês, o que revela o baixo nível de falantes da língua inglesa no país. A pesquisa realizada pela EF Education First, empresa de educação internacional especializada em intercâmbio, foi divulgada em 2015 e aponta a necessidade  de mudar essa colocação. Pensando nisso e na importância de promover a formação continuada dos professores de inglês no Brasil, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) proporcionou a um grupo de 75 professores da Rede Federal um curso de capacitação nos Estados Unidos por um período de dois meses. Os professores do IFNMG que conseguiram essa oportunidade voltaram em meados de março e já querem aplicar nos campi onde estão lotados os projetos que serão desenvolvidos a partir dos conhecimentos adquiridos e das experiências vivenciadas. 

Antônio Carlos Soares Martins, Gustavo Leal Teixeira e Lauro Sérgio Machado Pereira possuem o mesmo objetivo: aumentar o número de falantes da língua inglesa. Para isso, os três vão desenvolver, conjuntamente, um projeto que contemple a melhoria dos resultados na aquisição do inglês por meio do estabelecimento dos centros de língua e de parcerias para promover a internacionalização do Instituto. 

“Nosso próximo desafio é verificar como esse curso pode ser aplicado nos campi, por isso vamos unificar esforços e propostas, a fim de oportunizar a professores e alunos instrumentos que melhorem a qualidade do ensino de idiomas”, afirmou o professor Antônio Carlos, professor do Campus Montes Claros e atual diretor do Centro de Referência de Educação a Distância e Projetos Especiais do IFNMG. O diretor fez o estágio no Northern Virginia Community College, no estado americano que dá nome à instituição, na cidade de Alexandria.

“Foi uma experiência interessante e única, principalmente levando-se em consideração a chance que tive de ministrar aula para estudantes de várias nacionalidades”, destacou Antônio Carlos. 

O professor Lauro Sérgio, do Campus Janaúba, também foi para o Northern Virginia Community College. Lá, ele pôde trocar experiências não só com estrangeiros, mas também com professores de outros institutos federais representantes de 17 estados brasileiros. 

Os professores Antônio Carlos e Lauro Sérgio fizeram o estágio no Northern Virginia Community College 

“A experiência tem me dado mais segurança e propriedade ao ministrar minhas aulas. Já sinto a diferença, por exemplo, ao ensinar conteúdos simples como as apresentações pessoais em inglês. Além disso, as aulas práticas baseadas na metodologia TBLT [método que consiste em um ensino de língua baseado em tarefa] proporcionaram-me excelentes reflexões em relação à necessidade de se criar um ambiente de sala de aula de línguas onde o aluno seja realmente o protagonista de sua aprendizagem e torne-se capaz de se comunicar efetivamente em língua inglesa”, defende o professor Lauro.

Quem também apoia essa proposta de ensino é o professor do Campus Januária Gustavo Leal Teixeira que fez o curso na Califórnia, no San Francisco City College. Para ele, um dos aspectos mais importantes da capacitação foi o fundamento de pensar a língua em função de uma tarefa, ou seja, para aprender o inglês não se deve apenas estudar a língua, mas realizar alguma tarefa e, consequentemente, adquirir as competências necessárias para consolidar o processo de ensino-aprendizagem de um idioma. Tal método é conhecido como ESP, que significa inglês para fins específicos. O professor exemplifica: “Formação de guias turísticos bilíngues, secretários executivos, inglês para concursos públicos, inglês para mestrado ou de aquisição de vocabulário para produção e apreciação de bebidas finas, entre outros objetivos”. 

Agora, com as malas desfeitas, é hora de compartilhar com alunos e demais professores a bagagem de conhecimentos trazida de lá. Para atender ao que foi determinado no edital pelo qual foram selecionados, os professores devem formular e colocar o projeto em prática. Embora ainda não esteja definido, eles são unânimes quanto à meta a ser alcançada. O professor Gustavo resume: “Como acabamos de chegar de viagem e fizemos o curso em lados opostos do país, ainda estamos conversando, mas acredito que, neste momento, a demanda mais importante é unir a sociedade, os professores do IFNMG e a administração como grupo que sonha com a possibilidade de que o brasileiro seja capaz de se orientar por uma língua estrangeira”.

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