Outubro Rosa - Conheça a história da servidora Josiane Fernandes Oliveira, que enfrentou o câncer de mama com toda a sua vontade de viver e ser curada

Entrevista com a servidora Josiane Fernandes Oliveira, diretora do Departamento de Auditoria Interna do IFNMG

Josiane Fernandes, diretora do Departamento de Auditoria Interna do IFNMG. Ela recebeu o diagnóstico  de câncer de mama em 2021 e, após o tratamento, teve a remissão total da doença

O Instituto Federal do Norte de Minas (IFNMG) aderiu ao movimento Outubro Rosa a fim de propagar para toda a população, especialmente para todas as famílias e mulheres do Norte e Noroeste de Minas, Jequitinhonha e Vale do Mucuri a importância da prevenção, do autocuidado e do diagnóstico precoce no combate ao câncer de mama. Estão sendo organizadas atividades que serão executadas ao longo do mês. Para as próximas segundas deste mês, dias 23 e 30, estudantes e servidores do IFNMG estão sendo convidados a vestirem rosa.

Entre as ações, você pode conferir nesta matéria uma entrevista com a servidora Josiane Fernandes Oliveira, diretora do Departamento de Auditoria Interna do IFNMG. Ela recebeu o diagnóstico de câncer de mama em 2021, aos 31 anos, em meio à pandemia da covid-19. Fé, coragem, amor pela vida e certeza da cura fizeram toda a diferença no tratamento da servidora. Depois de todo o desafio, a auditora, que hoje tem 34 anos, ressignificou o sentido da vida: “temos que viver sem medo de ser feliz e não podemos deixar nada para depois, pois não sabemos como será o amanhã. O tempo perdido não volta nem se recupera”. 

Josiane Fernandes - Quando eu descobri o câncer de mama eu tinha 31 anos, foi em abril de 2021; Foi um susto bem grande, porém, o câncer é uma doença que assombra a minha família há algumas gerações, sou da terceira geração que foi acometida por essa doença. Fizemos teste genético e descobrimos que tenho mutação em um gene que tem predisposição para o câncer de mama e afins, ou seja, é algo hereditário na linhagem da minha mãe. O susto do diagnóstico foi grande, mas maior foi a vontade de vencer e ser curada, eu não rejeitei a doença, eu quis desde o primeiro momento resolver aquilo, numa certeza que partiu do meu coração de que era apenas uma doença como outra qualquer e que eu iria ser curada.

Josiane Fernandes - O ano de 2021 foi muito difícil para todo mundo, e enfrentar o câncer nesse período exigiu muito cuidado, gerou medo e causou angústia, pois eu queria as pessoas queridas perto de mim, mas por causa da covid e ainda sem vacina, eu não podia encontrar e receber um abraço das pessoas que são especiais para mim. Tive que tomar muito cuidado para não pegar o covid pois isso influenciaria no meu tratamento. Mas Deus é tão misericordioso que fez, por diversas maneiras, eu receber o carinho e o amor que eu precisava das pessoa queridas, atráves de ligações de vídeo, chocolates, livros, flores, cestas, objetos religiosos, lápis de sobrancelhas, toucas, vários objetos que trouxeram o aconchego ao meu coração. E nesse turbilhão que foi o ano de 2021, desviando da covid e todos os seus males, eu consegui com a graça de Jesus e Nossa Senhora e o amor da minha família, fazer quimioterapia, cirurgia (retirada das mamas e colocação de prótese) e radioterapia, tudo no tempo previsto, sem intercorrências e com o resultado mais lindo e perfeito, que foi a remissão total do câncer, até porque essa doença não me pertencia então tinha mais é que ir embora.

Josiane Fernandes - O amor de Deus e a intercessão de Nossa Senhora, pois foi a misericórdia de Deus que possibilitou que fosse descoberto o câncer em fase inicial, e que o tratamento se desse rapidamente com os melhores profissionais. Além de me cercar do amor da minha família e das pessoas queridas. 

Josiane Fernandes - Em Deus, desde o momento em que eu recebi o diagnóstico, antes mesmo de falar com as médicas ou com a minha família, eu rezei a Deus e pedi a intercessão de Nossa Senhora para me curar, foi a primeira coisa que eu fiz e foi o que me sustentou em todo o momento de turbulência.

Josiane Fernandes - Eu comecei a ser voluntária após o falecimento da minha mãe por câncer de ovário em 2011, naquele momento eu estava tão acostumada a cuidar dela, que na sua ausência eu senti que eu precisava continuar a cuidar, e foi imbuída desse sentimento que eu entrei para a Associação Presente (instituição que cuida de pessoas com câncer), e ser voluntária, ajudar outras pessoas me faz muito bem, preenche o meu coração.

Josiane Fernandes - Temos que viver sem medo de ser feliz e não podemos deixar nada para depois, pois não sabemos como será o amanhã. O tempo perdido não volta nem se recupera.