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IX Simpósio de Informática mostra como defender e promover a sustentabilidade

Publicado: Quinta, 16 de Junho de 2016, 13h51 | Última atualização em Quinta, 16 de Junho de 2016, 14h05
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O Brasil produz, segundo a Organização das Nações Unidas, 1,4 milhão de toneladas de lixo eletrônico por ano. Um problema para o poder público, para as empresas e para a população. A sociedade não sabe o que fazer com os aparelhos eletrônicos velhos e inutilizados, que muitas vezes são depositados na natureza, comprometendo o futuro do planeta. Essa realidade foi um dos motivos que fez com que o Simpósio de Informática, que acontece todos os anos no IFNMG-Campus Januária, adotasse neste ano o tema Tecnologia Aplicada ao Desenvolvimento Sustentável.

Durante a abertura oficial do evento, realizada na quarta-feira, dia 15, a pró-reitora de Ensino do IFNMG, professora Ana Alves Neta, destacou a relevância do tema, parabenizou a organização do Simpósio e desejou que o evento supere todas as expectativas: "Desejo que esse trabalho seja permanente e que vocês saiam daqui fortalecidos na vida pessoal e profissional".

O professor e coordenador do curso superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Giuliano Viana Alkmim, informou que alunos e professores de todos os campi do IFNMG estão participando do IX Simpósio, totalizando mais de 600 inscrições. "Talvez o Simpósio seja o único evento de apenas uma área do IFNMG que abrange todas as áreas. O evento melhora e aperfeiçoa a cada ano, não importa a crise ou a situação econômica. Por isso, aproveitem ao máximo, porque o evento não é do IFNMG-Campus Januária, é de todos vocês", disse o coordenador.

Tecnologia e preservação da água

Abertura oficial IX Simpósio de Informática 15 06 49

Os participantes estão aproveitando mesmo toda a programação do evento. Durante a palestra "Aplicações tecnológicas sustentáveis", ministrada pelo professor e engenheiro de telecomunicações Frederico Batista e pelo engenheiro elétrico Thalis Antunes de Souza, o Anfiteatro do Campus Januária ficou lotado.

Segundo o engenheiro Thalis, a sociedade não precisa enxergar a tecnologia como uma ferramenta que prejudica e destrói o meio ambiente. Ao longo da palestra, foram apresentados exemplos concretos de ações, desenvolvidas com base tecnológica, que tinham como princípio colaborar para a sustentabilidade do meio ambiente. "Eu não quis trazer aqui aplicações de tecnologias sustentáveis que eu já ouvi falar ou que eu vi na internet. Nós resolvemos trazer, realmente, coisas que são experiências nossas", destacou o palestrante.

Uma das soluções apresentadas foi o projeto denominado "Sistema embarcado aplicado ao monitoramento e controle de irrigação artificial em condições semiáridas". O engenheiro explicou que o projeto teve como objetivo desenvolver um sistema informatizado, apropriando-se de técnicas de sistemas embarcados, abrangendo hardware e software, a fim de monitorar e controlar sistemas de irrigação artificial e, consequentemente, colaborar para a atividade do produtor rural, minimizando a utilização dos recursos naturais e aumentando a produção dos alimentos.

Os experimentos foram feitos em uma plantação de banana em Janaúba. O resultado do projeto possibilitou que se verificasse com precisão onde e quando era necessário irrigar, o que culminou na redução do desperdício de água e melhorou o cultivo da plantação. "É por isso que quando se faz um projeto é preciso pensar se isso vai ajudar a sociedade de alguma forma", alertou o engenheiro.

Thalis ainda enfatizou que é preciso analisar a viabilidade das soluções sustentáveis. Para ele, não é todo o lugar que comporta energia solar, por exemplo, tanto por questões climática quanto pela viabilidade econômica e social.

Tema sempre atual e necessário

No mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, falar de sustentabilidade é no mínimo oportuno. Professores e alunos que participam do IX Simpósio de Informática aprovaram a escolha do tema.

O professor de Informática Pedro Fábio Saraiva, que é membro da Comissão Organizadora do evento, destacou a importância do tema em uma sociedade extremamente consumista. "Os produtos estão cada vez mais descartáveis, o que gera grande quantidade de lixo eletrônico. Mas esses produtos podem ser reutilizados ou reciclados". Pensando nisso, o professor coordenou em 2015 o projeto Reciclatec, com o objetivo de promover uma destinação adequada do lixo eletrônico.

Os alunos tiveram como missão desenvolver objetos a partir de produtos eletrônicos doados por empresas e pela população de Januária. O resultado culminou na produção de: churrasqueiras, brinquedos, porta-trecos, armários, aquários, relógios, entre outros. "A ideia é ser multiplicador para que outras instituições também façam o mesmo", defendeu o professor.

A aluna Tátila Lorrane Rocha de Jesus, do curso Técnico em Informática para Internet integrado ao Ensino Médio, concorda com o professor e diz que quando o assunto é meio ambiente todos devem estar envolvidos. "É preciso que cada um faça a sua parte, eu faço a minha, principalmente tentando economizar ao máximo os recursos naturais". Questionada por que ela faz isso, Tátila responde: "Porque eu penso no futuro".

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