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Solenidade dá início ao V SEPTI e apresenta o Campus Teófilo Otoni à comunidade

Publicado: Quarta, 26 de Setembro de 2018, 14h20 | Última atualização em Quarta, 26 de Setembro de 2018, 14h24
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Inclusão foi a palavra de ordem desta terça-feira, 25 de setembro, no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Teófilo Otoni. Primeiro por ser a temática do evento que está sendo realizado no Campus até quinta-feira. Em palestras, oficinas, mesas redondas e encontros, a quinta edição do Seminário de Educação Profissional e Tecnológica Inclusiva do IFNMG (SEPTI) reúne servidores do IFNMG, profissionais da área de inclusão, pessoas com deficiências e comunidades tradicionais para debates, capacitações e identificação de desafios com relação às políticas de inclusão social.

Mas a inclusão também foi expressa de forma mais ampla: o IFNMG – Campus Teófilo Otoni, que representa uma grande oportunidade de inclusão de jovens e adultos da região do Vale do Mucuri por meio de uma educação pública, gratuita e de qualidade, foi inaugurado simbolicamente durante o evento.

Além do descerramento simbólico da placa de inauguração do Campus, o evento contou com declamação de poema pela aluna do primeiro ano do curso técnico integrado em Meio Ambiente, Pietra Luvizotto Figueiredo, apresentação cultural da comunidade quilombola Santa Cruz, do município de Ouro Verde, discurso de dirigentes, estudantes e servidores do IFNMG e palestras com a professora Eunice Maria Lima, da Universidade de Brasília, sobre superdotação, e com o professor Dalmir Pacheco, do Instituto Federal do Amazonas, sobre as superações e a vida dos deficientes.

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Mesa de honra da solenidade foi composta por (da esquerda para a direita): representante dos alunos dos cursos superiores, Aisllan Max Caldeira; representante da comissão organizadora do SEPTI e dos servidores do Campus, Pedro Simões; diretora da Diretoria de Assuntos Estudantis e Comunitários, Ana Alves Neta; diretor-geral do Campus Teófilo Otoni, Renildo Ismael Félix da Costa; reitor do IFNMG, professor José Ricardo Martins da Silva; assessora das Ações Inclusivas, Aline Silvânia Ferreira Santos; representante dos estudantes dos cursos técnicos, Robson Carlos de Souza Lourenço e representante dos povos quilombolas de Minas Gerais, Mauro Alves

Os desafios da inclusão

Estimular, implementar e fortalecer políticas, ações e projetos institucionais para efetivamente promover a inclusão de todos aqueles que possuem qualquer tipo de dificuldade ou deficiência. Esta é a tônica do SEPTI e que tem se fortalecido cada vez mais nos diversos núcleos, grupos e trabalhos desenvolvidos nos campi do IFNMG. Em cada unidade, junto com os demais servidores, os/as pedagogos/as, intérpretes de libras, psicólogos/as, assistentes de alunos, assistentes sociais e outros/as profissionais especializados em trabalhar com esta temática têm procurado dar respostas às crescentes demandas da comunidade.

A assessora de ações inclusivas do IFNMG, a servidora Aline Silvânia Ferreira Santos, destacou o quanto a instituição tem se pautado na discussão e na proposição de ações voltadas para inclusão e diversidade. “Quando a gente fala de inclusão e diversidade é a inclusão de você estudante, que é a nossa razão de existir. É a inclusão do estudante que é negro, que é indígena, em vulnerabilidade, do estudante vazanteiro, geraizeiro, da educação do campo, da educação a distância, do nosso estudante com deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento, com altas habilidades e superdotação. Temos uma pauta muito ampla dentro da inclusão, e o SEPTI vem propor e discutir ações voltadas para isso”, disse Aline.

Durante sua palestra, a professora da UnB, Eunice Maria Lima Soreano, que é Phd em psicologia pela Universidade de Purdue, nos Estados Unidos e membro honorário do Conselho Brasileiro para Superdotação, ressaltou a importância em se desenvolver ações e programas nas escolas para incluir e potencializar as altas habilidades dos alunos superdotados. “Nesta nossa sociedade do conhecimento, tem se percebido que a grande riqueza é o cérebro das pessoas mais capazes. Mas muitas vezes os problemas sociais e sócio-emocionais e os pensamentos mais rápidos e críticos dos alunos brilhantes não encontram eco na sala de aula, perdendo a oportunidade de desenvolver seus enormes potenciais”, disse Eunice, que lamentou que no Brasil ainda há pouquíssimos programas para alunos superdotados e que professores possuem várias ideias errôneas sobre esses estudantes.

O coordenador do Núcleo de Tecnologia Assistiva do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), professor Dalmir Pacheco, tratou dos desafios, dificuldades e superações da vida dos deficientes, a partir de sua própria história de autoconhecimento, enfrentamento das dificuldades, inserção nos estudos e no mercado de trabalho e luta pela inclusão a partir de diversos projetos e ações no IFAM, como produção de vídeos, livros e cartilhas, criação de grupos de trabalho, sensibilização dos servidores e promoção de cursos. “Com muita insistência, aprendi a estar no mundo de vocês e sem saber que vocês eram normais. Fui criado no mundo, na escola, na igreja de vocês. E o que posso fazer é convidar os outros para enfrentar essa caminhada. Encontro muitas pessoas retraídas, que não sabem se comportar no mundo das pessoas ‘normais’. Mas é preciso aprender a viver sozinho”, disse Dalmir em suas diversas frases de estímulo para que os deficientes não deixem as dificuldades os desanimar.

Um Campus para o povo do Mucuri

Nada melhor que realizar a entrega simbólica de uma unidade de educação durante um evento voltado à inclusão, demonstrando que é uma instituição voltada às diversas demandas da comunidade.

Em funcionamento desde 2015, o IFNMG - Campus Teófilo Otoni começou suas atividades em outros espaços cedidos e em julho de 2016 passou a funcionar na sede própria, que foi apresentada formalmente à comunidade nesta terça-feira. Localizado no Bairro Viriato, o Campus conta com um prédio pedagógico-administrativo de 2800 metros quadrados de área construída, com 6 salas de aulas, 2 laboratórios de informática, um laboratório interdisciplinar, uma biblioteca e uma fazenda experimental. São ofertados dois cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, três cursos técnicos concomitantes/subsequentes e um curso superior, além dos cursos na modalidade a distância. O Campus possui atualmente 23 docentes e 24 servidores técnico-administrativos.

O reitor do IFNMG, professor José Ricardo Martins da Silva, destacou a importância desse momento para resgatar a história de superação das mais recentes unidades do Instituto, como é o caso de Teófilo Otoni, que apesar das dificuldades financeiras conseguiu ser implementado com o trabalho e o apoio de muitas pessoas comprometidas com a educação pública transformadora. “Estamos aqui para atender nossa comunidade, com atenção especial a essas demandas da educação inclusiva que estão sendo discutidas neste Seminário. Mas isso só é possível se tivermos o apoio de todos, não só da nossa comunidade interna e da sociedade ao nosso redor, mas também dos responsáveis em dar sequência a este maravilhoso projeto que foi a criação dos Institutos Federais”, disse o reitor.

O diretor-geral do IFNMG – Campus Teófilo Otoni, professor Renildo Ismael Félix da Costa, agradeceu aos dirigentes, aos servidores, aos alunos, às comunidades tradicionais e aos parceiros pela conquista desse Campus e pela realização do SEPTI e destacou como o Campus vem ao encontro da sociedade, no sentido transformador e libertador. “Nosso campus nasceu com um senso de urgência muito forte. Pelo momento de implantação, mas também pelo fato do Vale do Mucuri ser carente de políticas públicas e de ações para nossos jovens, que antes tinham que sair da região para buscar o conhecimento e muitas vezes não voltavam para dedicar seu potencial para essa cidade. Que o nosso campus e esse Seminário sejam espaços de inclusão, de acolhimento e de aprendizado com as diferenças”, disse o diretor.

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Solenidade contou com presença de diretores e pró-reitores do IFNMG e servidores, estudantes e parceiros do Campus Teófilo Otoni

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O diretor-geral do IFNMG - Campus Teófilo Otoni, Renildo Ismael Félix da Costa, e o estudante Robson Carlos, descerraram simbolicamente a placa de inauguração, acompanhados do reitor do IFNMG, professor José Ricardo Martins da Silva, do diretor-geral do Campus Januária, professor Cláudio Roberto Ferreira Mont'Alvão e do pró-reitor de Administração, professor Edmilson Tadeu Cassani

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Apresentação cultural da comunidade quilombola Santa Cruz, do município de Ouro Verde

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A aluna do primeiro ano do curso técnico integrado em Meio Ambiente, Pietra Luvizotto Figueiredo declamou o poema "Da paz", de Marcelino Freire

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Reitor do IFNMG, professor José Ricardo Martins da Silva

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Diretor-geral do IFNMG - Campus Teófilo Otoni, professor Renildo Ismael Félix da Costa

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Palestrante da noite, professora Eunice Maria Lima Soreano

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Segundo palestrante da noite, professor Dalmir Pacheco

 

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