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PREMIADOS NO SIC: Estudo apresentou análise epidemiológica da sífilis congênita em Pirapora

Publicado: Sexta, 25 de Junho de 2021, 08h58 | Última atualização em Sexta, 25 de Junho de 2021, 12h01
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“Sífilis congênita em Pirapora, Minas Gerais: Análise epidemiológica de 2014 a 2019” foi o trabalho premiado em primeiro lugar no IX Seminário de Iniciação Científica (SIC) do IFNMG na área de Ciências da Saúde. O evento, realizado no mês de maio, premiou os três melhores trabalhos de cada uma das 12 áreas do conhecimento contempladas.

O trabalho é de autoria da aluna de Sistemas de Informação do IFNMG-Campus Pirapora Ana Palloma Rocha Fernandes (também vinculada aos programas de pós-graduação em Desenvolvimento Social da Unimontes e em Sociedade, Ambiente e Território UFMG/Unimontes) e da enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde de Pirapora Sabrina Leite Gitirana.

O estudo foi motivado pela necessidade, destacada pelas autoras, de se elevar a qualidade da atenção materno-infantil como forma de reduzir a transmissão da sífilis da mãe para o feto durante a gestão, o que é possível com o diagnóstico e tratamento oportunos da doença. As autoras afirmam que ”é relevante que se apresente informações demonstrativas da problemática, pois, assim, profissionais de saúde e gestores disporão de subsídios para a sistematização analítica e funcional de ações de impacto”.

O trabalho buscou descrever a ocorrência e o perfil dos casos notificados no município de Pirapora entre os anos de 2014 e 2019. As informações sobre a morbidade foram obtidas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde.

Nos 41 casos de sífilis congênita registrados no período de tempo delimitado pela pesquisa, 14,6% dos fetos morreram após 22 semanas de gestação ou com peso maior que 500 gramas; 9,8% dos recém-natos faleceram, após o nascimento com vida; 24,4% das crianças sobreviventes apresentaram, ao exame físico, manifestações clínicas sugestiva da morbidade.

Segundo relatado pelas autoras do trabalho, embora parcela expressiva (90,24%) tenha realizado pré-natal durante a gravidez, em apenas 61% dos casos o diagnóstico de sífilis foi firmado laboratorialmente durante a gestação, sendo que em 70,13% das ocorrências não foi preconizado esquema terapêutico adequado, de acordo com o indicado para a fase clínica da sífilis.

“Ao se analisar o papel dos fatores sociológicos observa-se que a sífilis congênita afeta dominantemente a população preta, pobre e periférica. Entretanto conjectura-se que o impacto diferencial e negativo sobre estas comunidades diminuiria com educação adicional, transferência de renda e oportunidades ocupacionais”.

Diante desse quadro de exposição diferencial e proteção desigual em relação à doença, as autores propõem que “seja ofertado o tratamento com penicilina, medicação, testes básicos e busca ativa nas Unidades de Atenção Primária à Saúde do São Geraldo, Cidade Jardim e Joseilson Fonseca da Silva, pois a avaliação da distribuição dos casos sugeriu que a doença atinge mais frequentemente os usuários vinculados a essas unidades”. Recomendam, ainda, a atuação em parceria da Secretaria Municipal de Saúde e da Secretaria da Famílias e Políticas Sociais, o fortalecimento da vigilância epidemiológica para o monitoramento dos resultados do VDRL [exame para detectar sífilis] nos laboratórios e a capacitação continuada dos profissionais de saúde.

Para mais informações sobre o estudo, acesse o resumo “Sífilis congênita em Pirapora, Minas Gerais: Análise epidemiológica de 2014 a 2019”.

 

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