Estudantes do curso Técnico em Meio Ambiente fazem aula prática no Aterro Sanitário Municipal

Com o intuito de mostrar para os estudantes do curso Técnico em Meio Ambiente como é a destinação final dos resíduos sólidos urbanos de Teófilo Otoni, os professores Lucas Ferrari e Alexandre Petusk fizeram uma aula prática no “Aterro Sanitário Municipal” do município. Os estudantes ficaram surpresos e se sensibilizaram com a realidade que não conheciam e redigiram uma notícia, reproduzida a seguir:

No dia 16 de agosto de 2016, os discentes do curso técnico em meio ambiente fizeram uma visita técnica ao Aterro Sanitário Municipal da cidade de Teófilo Otoni, acompanhados pelo professor Lucas Ferrari que desenvolve as disciplinas de Hidrologia/Hidrometria e Gestão de Resíduos Sólidos, e também pelo coordenador do curso, Alexandre Petusk.

Conhecemos por “Aterro Sanitário” um espaço no qual o lixo gerado pelos cidadãos de um determinado lugar, são depositados em um espaço, formado por camadas impermeáveis compostas pelo material de polietileno, onde são despejados e compactados e ficam inertes após uma densa camada de terra por cima, e assim continua o mesmo processo sucessivamente; Porém, ao contrário do que diz a placa na entrada do local de despejo de lixo em Teófilo Otoni, a realidade do lugar é completamente diferente, há um verdadeiro lixão a céu aberto, onde o desrespeito ao meio ambiente é inevitavelmente perceptível, todo o lixo  ali existente fica exposto, destacando também os problemas sociais que ali existem, há várias pessoas  que moram naquele local e tiram dali a sua única forma de sobrevivência, sujeitos á condições extremamente precárias.

A chegada dos caminhões de lixo marca uma cena dramática na qual se encontram todos os resíduos do lixo misturados e os mesmos são despejados em um declive de terra, sem a devida separação. Como se não bastasse só essa situação, as pessoas que ali estão, além de competir entre si em busca de algo a ser recuperado ou consumido, disputam todo o material com os animais que ali permanecem.
O lixão recebe aproximadamente 130 toneladas de resíduos diariamente em uma área de 72.000 metros quadrados. A queima do plástico, da borracha, a fumaça que se forma devido a decomposição de vários componentes descartados produz gases tóxicos que podem causar dores de cabeça, náuseas, distúrbios respiratórios.

A decomposição do lixo em locais inadequados contamina o solo e podem atingir as águas dos rios, córregos, cisternas, poços, entre outros recursos hídricos.