Aluna de curso técnico fala sobre trabalho premiado no V SIC

Cintia em atividade no laboratório de Microbiologia do IFNMG-Campus Montes Claros

A estudante Cíntia Chaves Rodrigues, do IFNMG-Campus Montes Claros, nem sequer ingressou no ensino superior e já começa a se destacar na vida acadêmica por meio da iniciação científica. O trabalho apresentado pela aluna, do 3º ano do curso técnico em Química integrado ao ensino médio, no V Seminário de Iniciação Científica (SIC) do IFNMG ficou em primeiro lugar na área de Ciências Biológicas. Cíntia recebeu a premiação na última sexta-feira, dia 13, no encerramento do SIC, juntamente com os autores dos três melhores trabalhos de cada área.

Cíntia desenvolveu o estudo “Fungos aeróbios facultativos do rúmen como produtores de enzimas celulolíticas e xilanolíticas a partir de Brachiaria decumbens” como bolsista do Programa de Iniciação Científica Júnior (PIC-Jr) do CNPq no Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Montes Claros.

Ela conta que a pesquisa está relacionada à atividade enzimática de microrganismos presentes no trato digestório de ovinos, a partir de uma fonte de carbono específica, o capim braquiária. “As enzimas [produzidas por esses fungos] possuem grande aplicabilidade industrial em diversos ramos, como produção têxtil, ração animal, papel e etanol. A obtenção dessas enzimas é de alto custo. O estudo possibilita um melhor entendimento sobre alternativas de produção dessas substâncias”, explica.
Além disso, segundo Cíntia, o estudo é importante para o entendimento da dinâmica microbiana da digestão de fontes de carbono ingeridas pelo animal. Por isso, a pesquisa objetivou quantificar as enzimas produzidas por microrganismos do trato digestório dos ruminantes.

O orientador do trabalho é o professor Eduardo Robson Duarte. Cláudio Eduardo Silva Freitas e Mara Lúcia Albuquerque Pereira são coautores.

Cintia recebeu a premiação de melhor trabalho na área de Ciências Biológicas

Dedicação

Desde março de 2015, Cíntia é bolsisita de iniciação científica e se desdobra entre as atividades do curso técnico integrado no IFNMG e de pesquisa na UFMG, indo de um campus ao outro, nos bairros vizinhos Vilage do Lago I e Universitário, em Montes Claros.

Ela acredita que uma das vantagens desse esforço extra para se dedicar à pesquisa é o amadurecimento e uma maior consciência em relação à própria trajetória acadêmica. “O desenvolvimento da pesquisa possibilita um crescimento crítico perante os diversos campos da vida estudantil. Tanto na forma de aprendizagem quanto na exploração do campo científico, o envolvimento com projetos aproxima o estudante da vida acadêmica, apresentando uma vivência prática relacionada às áreas de estudo”, avalia.

E, depois de fazer o técnico em Química e desenvolver pesquisa na área de Ciências Biológicas, dá para ter uma ideia do curso superior em que ela pretende ingressar, não é mesmo? Talvez não: Cíntia quer cursar licenciatura em História. Isso mesmo, vai mudar totalmente de área. Mas, com a dedicação às atividades acadêmicas e o amadurecimento que vem demonstrando, alguém duvida que ela terá sucesso nessa nova empreitada?

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