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PREMIADOS NO SIC: Pesquisa monitorou escurecimento do caldo de cana por meio de aplicativo de celular

Publicado: Terça, 15 de Junho de 2021, 10h39 | Última atualização em Terça, 15 de Junho de 2021, 11h02

“Monitoramento por celular do escurecimento de sucos de cana-de-açúcar” foi o trabalho premiado em primeiro lugar no IX Seminário de Iniciação Científica (SIC) do IFNMG na área Multidisciplinar. O evento, realizado no mês de maio, premiou os três melhores trabalhos de cada uma das 12 áreas do conhecimento contempladas.

O trabalho é de autoria de alunos do IFNMG-Campus Januária: Geisy Kellen Moura de Souza e João Pedro Santos Rodrigues, do técnico em Informática; João Paulo Marques Rodrigues, da Engenharia Agronômica; e Ricardo Rodrigues Ribeiro, da licenciatura em Física. A orientação é dos professores Abel Nascimento Ribeiro Santos e Joel Santana do Nascimento.

O foco do estudo é uma bebida bem popular no Brasil, o caldo de cana. Os pesquisadores partiram de constatações a respeito da produção do caldo que justificam a necessidade de mais investigação a respeito. Segundo eles, o processo ainda é feito de forma precária: “o processamento e a comercialização do caldo são limitados devido à rápida deterioração. Após 24 horas da extração, o caldo de cana apresenta sinais de alteração em características sensoriais, principalmente devido à fermentação e ao escurecimento enzimático”.

“Sendo a aparência o primeiro atributo considerado pelo consumidor para escolha do alimento, é importante controlar as alterações de cor do caldo da cana”, alertam os pesquisadores. A análise de cor, segundo eles, é feita de diversos modos, dentre os quais se destacam o método subjetivo (avaliação sensorial) e o uso de aparelhos, tais como colorímetros e espectrofotômetros.

Nos testes realizados em laboratório no IFNMG-Campus Januária, as análises colorimétricas, que permitiram analisar as alterações na coloração do caldo de cana de açúcar in natura e pasteurizado em diferentes condições, foram realizadas por meio do aplicativo Color Grab, que captura cor através da câmera do celular, utilizando diversas conversões, como o RGB, Lab, Lch, hex e outras. A conversão utilizada foi o LAB, “devido à fidelidade de expressão da cor real”.

A partir das análises feitas, os autores do estudo concluíram que, apesar de a pasteurização ser um importante método de preservação do caldo contra os microrganismos e a atividade enzimática, “afeta a cor e confere sabor de melaço, sendo necessário ajuste das condições (temperatura e tempo de pasteurização) de forma a ter um produto seguro com o mínimo de alterações adversas”.

Na avaliação dos pesquisadores, “investimentos devem ser feitos em pesquisas com o intuito de desenvolver tecnologias eficientes para aumentar o tempo de prateleira do caldo de cana-de-açúcar, preservando suas propriedades nutricionais e organolépticas”, que são as propriedades que se pode facilmente perceber por meio dos sentidos, como visão e paladar, a exemplo de cor, transparência e sabor.

Para mais detalhes sobre as análises feitas e seus resultados, acesse o resumo do trabalho “Monitoramento por celular do escurecimento de sucos de cana-de-açúcar”.

(Foto de capa: João Pedro Santos Rodrigues)

 

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