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Estudo do Campus Araçuaí inicia testagem de animais para a covid-19

Publicado: Segunda, 24 de Maio de 2021, 12h10 | Última atualização em Segunda, 24 de Maio de 2021, 12h22

O projeto de pesquisas “DIGITOOL-CORONA: Ferramenta digital de apoio ao enfrentamento de SARS-CoV-2 com abordagem epidemiológica em animais domésticos e inter-relações com humanos”, do IFNMG-Campus Araçuaí, inicia suas atividades de campo. O objetivo é estudar a circulação de cepas de Sars-CoV-2 entre seres humanos e animais domésticos, no sentido de buscar conhecimentos para uma maior proteção dos animais frente ao vírus. O projeto de pesquisa, coordenado pelos médicos veterinários Hércules Otacílio e Eliane Macedo, teve recursos liberados pelo Edital nº 51/2020, do Programa de Apoio à Pesquisa (Proape) da Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação. 

A pesquisa parte de evidências de que os coronavírus têm como hospedeiros naturais morcegos e roedores, mas bovinos, felinos, dromedários e outras espécies podem funcionar como hospedeiros intermediários, e, por seu contato mais próximo com seres humanos, podem veicular o vírus num processo chamado de “spillover”. Os pesquisadores destacam, ainda, que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), animais domésticos não transmitem a covid-19 para os seres humanos, mas estes são capazes de transmiti-la aos animais, de uma forma geral, sem muita gravidade. 

Uma equipe multidisciplinar de servidores e alunos do IFNMG e pesquisadores da UFMG está envolvida no projeto. A primeira etapa envolveu revisão de literatura e o treinamento de toda a equipe para a coleta e processamento de material. Dentre as atividades de campo, estão previstas a coleta de material biológico em cães errantes e domiciliados de municípios do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas. Ressalta-se que a coleta segue todos os protocolos de bem-estar animal estabelecidos, com segurança para a equipe, para o animal e para os seus donos, conforme aprovado previamente pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) do IFNMG.

O projeto também prevê o desenvolvimento de uma plataforma digital para compilação e difusão de dados acerca da covid-19 em animais.

Guarda responsável

“Estudos dessa natureza são necessários para a pronta proteção dos animais contra a doença, pois possibilitam a conscientização da população sobre os cuidados que se deve ter com os animais nesse momento de pandemia a fim de estabelecer medidas para evitar a circulação do vírus de homens para animais”, ressalta Hércules Otacílio.

O projeto também será uma oportunidade para a conscientização da população quanto à guarda responsável. Os pesquisadores frisam que o abandono de animais é algo lamentável e há, tempos, é um problema de saúde pública no Brasil, antes mesmo da ameaça do Sars-CoV-2. Cachorros e gatos errantes, sem vacinação e cuidados de saúde, além de indefesos, são potenciais transmissores de zoonoses, doenças transmitidas de animais para seres humanos, como raiva, leishmaniose, leptospirose, toxoplasmose e outras. 

covid animais capa

Daiane Campos dos Santos, bolsista de Iniciação Científica
(CNPq), em momento de coleta de material biológico de cães

 

Fonte: www.ifnmg.edu.br/aracuai (adaptado)

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