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Casa sensorial mostra para servidores da Reitoria o que significa empatia

Publicado: Quarta, 25 de Setembro de 2019, 18h51 | Última atualização em Segunda, 27 de Janeiro de 2020, 09h20
Na foto estão os integrantes do projeto “Uma luz na escuridão: casa sensorial”, que visa mostrar como pessoas cegas ou com baixa visão realizam atividades e tarefas do cotidiano
imagem sem descrição.

Abrir a geladeira, sentar em uma cadeira ou no sofá, utilizar o computador, fazer comida. Todas essas são atividades cotidianas que podem ser feitas por qualquer pessoa, inclusive por pessoas cegas ou com baixa visão. Para quem duvida, o projeto “Uma luz na escuridão: casa sensorial” está aí para provar. Por meio da simulação de uma casa, toda projetada no escuro, os visitantes da vez - os servidores da Reitoria do IFNMG - tiveram a oportunidade de vivenciar como é o cotidiano de uma pessoa com deficiência visual. Vendados, eles foram guiados por um condutor cego dentro da casa, onde os outros sentidos foram explorados, como a audição, o tato, o olfato e o paladar, além da orientação e mobilidade.

Tudo isso aconteceu nessa quarta-feira, 25/09, por meio de uma ação da Diretoria de Assuntos Estudantis e Comunitários do IFNMG por meio do Núcleo de Ações Inclusivas e da Diretoria de Gestão de Pessoas, por meio da Coordenação de Assistência à Saúde e Qualidade de Vida do Servidor, para celebrar o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência.

A servidora Aline Silvânia Ferreira dos Santos, responsável pelo Núcleo de Ações Inclusivas da Diretoria de Assuntos Estudantis e Comunitários do IFNMG, destaca a importância dessa ação: “A importância é para que os nossos colegas conheçam como é o mundo da pessoa cega e compreendam que não é tão difícil. A gente não precisa de tantas adaptações. Precisamos de estratégias e da sensibilidade do outro”.

O projeto “Uma luz na escuridão: casa sensorial” ainda não alcançou todos os campi, mas já esteve nas unidades de Teófilo Otoni, Salinas, Januária, Montes Claros e Pirapora.

Aline e CrisA servidora Aline Silvânia Ferreira dos Santos, responsável pelo Núcleo de Ações Inclusivas da Diretoria de Assuntos Estudantis e Comunitários do IFNMG, e a idealizadora do projeto da casa sensorial, Cristiana Matos

Um novo olhar

Para a servidora Gabriella Fonseca, a experiência foi incrível. Ela diz que entendeu a mensagem que o projeto transmite: “Foi uma experiência diferente em que eu pude me colocar no lugar do outro”. A servidora Débora Miqueias Soares também achou o momento muito importante, principalmente porque já viveu uma experiência de ter um colega cego, e a turma não saber como agir. Débora também não escondeu o quanto ficou impressionada com o fato de os condutores da casa serem cegos. “Quem mostra pra gente a casa é uma pessoa com deficiência visual e o guia mostra todos os detalhes com muita naturalidade. Foi muito bacana. Gostei muito!”, afirma Débora.

E quando Débora fala dos detalhes, isso é bem verdade. Adentrando a casa, o guia mostra como se sentar numa cadeira, como comer sem espalhar a comida pela mesa, como utilizar o fogão, como digitar, como cumprimentar um cego, entre outras atividades.

Tudo isso foi idealizado pela assistente social Cristiana Matos, que ficou cega aos 17 anos. Depois de procurar em diversas empresas uma oportunidade de trabalho (e não conseguir), ela resolveu, quando ainda estava na faculdade, desenvolver um projeto de pesquisa que trabalhasse com essa temática de conscientização. Foi quando ela conheceu um museu sensorial em Brasília-DF e um restaurante com comida às cegas em São Paulo. Depois disso, a casa ganhou forma e, desde 2008, ela oportuniza que visitantes tirem dúvidas e sanem curiosidades sobre o mundo das pessoas cegas e com baixa visão. “O objetivo é apresentar todos os recursos que o cego tem e como é conviver e lidar com o cego; como é adentrar no mundo do cego e descobrir que ele tem potencialidades e uma vida normal”, ressalta Cristiana Matos.

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