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Reflexão sobre a prática foi um dos focos do Encontro do Ensino

Publicado: Sexta, 06 de Maio de 2016, 10h26 | Última atualização em Segunda, 23 de Maio de 2016, 18h26
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Cento e quarenta servidores do IFNMG, da Reitoria e de todos os campi, estiveram reunidos em Montes Claros nos dois últimos dias, 4 e 5, em meio à muita reflexão e trabalho. Diretores e coordenadores de ensino, coordenadores de curso e de registro acadêmico e escolar, pedagogos e técnicos em assuntos educacionais participaram do Encontro promovido pela Pró-reitoria de Ensino. “Um momento para identificar nossas potencialidades e rever as nossas fragilidades”, nas palavras da pró-reitora, Ana Alves Neta. “Sabemos que com o trabalho coletivo é que vamos fortalecer nossas ações”, afirmou.

“Precisamos mais de ações coesas e integradas do que de ações isoladas”, reforçou o reitor, professor José Ricardo Martins da Silva, em seu discurso na abertura do evento (foto), conclamando os servidores a pensar as questões do ensino no Instituto de forma mais global, no contexto de toda a região de abrangência do Instituto. Segundo o reitor, em cada ação diária dos profissionais de ensino deve estar presente a consciência sobre o papel do Instituto no desenvolvido regional e na nossa visão de futuro.

Discussões

Foram tema de discussão durante o Encontro do Ensino a Base Nacional Comum Curricular (BNC), procedimentos de avaliação, atuação dos coordenadores de cursos técnicos e superiores, das equipes pedagógicas e das secretarias de registro acadêmico e escolar, além da implementação do sistema de gerenciamento acadêmico.

Na manhã de abertura, o professor do IF Farroupilha Sidinei Cruz Sobrinho, coordenador do Fórum de Dirigentes de Ensino do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), abordou o tema “A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão nos IFs”. No início de sua exposição, Sidinei deixou clara que traria àquele momento mais perguntas do que respostas e, como bom professor de Filosofia que é, provocou os servidores do IFNMG com vários convites à reflexão.

Segundo ele, os profissionais da educação devem pensar se as ideias que defendem e suas práticas são reflexos de suas reais concepções ou mera reprodução de concepções alheias ou do discurso do “sempre foi assim”. Um exercício que deve passar pelo autoquestionamento: “Por que/para que/ o que queremos pensar/dizer/fazer quando pensamos/dizemos/fazemos?”.

Incorporar esse exercício do questionamento no fazer acadêmico seria decisivo para formar não “mão de obra para o mercado”, mas profissionais capazes de pensar formas de fazer e alternativas tecnológicas que realmente contribuam para o desenvolvimento social.

Os questionamentos sobre conteúdo e sentido das ações deve perpassar, segundo o professor Sidinei, todo o fazer acadêmico e ser determinante para definir as ações de ensino, pesquisa e extensão. Os projetos nesses âmbitos, de acordo com ele, devem servir à comunidade e não se prestar a abastecer o ego de quem os propõe ou coordena.

Revendo alguns artigos da Lei nº 11.892/2008, que instituiu a Rede de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e criou os Instituto Federais, o professor Sidinei percorreu as finalidades e os objetivos de criação dessas instituições e suas características, lembrando que está clara, em sua concepção, a que os IFs vieram. Isso já está posto. Cabe agir nos IF segundo esses princípios norteadores. Entre outros, ele destacou a “ênfase no desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional” que está entra as finalidades descritas na lei que deve pautar o ensino, a pesquisa e a extensão.

Falando mais especificamente sobre a questão da indissociabilidade entre os três componentes dessa tríade – discussão que, segundo Sidinei é secular, por ser feita também no âmbito das universidades -, mais uma vez ele deixou algumas perguntas importantes e inquietantes para a reflexão, deslocando o foco da natureza dessas ações para os sujeitos que as desenvolvem. “Por que não formulamos programas e projetos que necessariamente integram ensino, pesquisa e extensão, na prática, uma vez que já são ou deveriam ser indissociáveis?” Ou ainda: “O ensino, a pesquisa e a extensão estão dissociados ou somos nós, profissionais da educação, que devemos nos associar no planejamento, desenvolvimento, implementação, acompanhamento, avaliação e revisão das nossas práticas?”.

Momento cultural

O Encontro do Ensino teve lugar para reflexões, mas também para descontração e integração entre os servidores, como o momento conduzido pela coordenadora do curso técnico de Teatro, recém-criado pelo Campus Diamantina. A professora Mariana Emiliano Simões fez os servidores colocarem, literalmente, os pés no chão e movimentarem-se ao som da música, além de cantarem em coro e alegrarem o ambiente. Na sequência, os servidores puderam assistir a uma apresentação de dança da professora.

Confira mais fotos da manhã de abertura do Encontro do Ensino em nossa página no Facebook.

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